Blog JUGULAR – (Hugo Mendes 03-12-2013)
……….
como a condição socioeconómica é uma variável explicativa essencial do desempenho dos alunos (e países), quando os resultados são ajustados ao IEESC, os alunos portugueses passam, no domínio da matemática (o IEESC só é aplicado este ano aos resultados da matemática), do 23.º para o 5.º lugar da classificação. Já a Suécia reforça o resultado medíocre que obteve na média geral (não ajustada), afundando-se na cauda da OCDE…
Em 2009, embora nenhuma imprensa tivesse dado atenção, este efeito já era claríssimo (quando eram ‘apenas’ 33,5% dos alunos abaixo do nível -1 do IEESC). No domínio da leitura – o principal no relatório desse ano – os alunos portugueses passavam, quando o resultado era ajustado pelo IEESC, do 21.º para o 7.º lugar da classificação …
Este tipo de análise é importante não apenas porque a imprensa normalmente não lhe dá o destaque que merece, mas também porque ela é sistematicamente sonegada pelas análises que, a partir da economia da educação, servem para concluir que o sistema português é particularmente ineficiente – uma vez que a única coisa para a qual olham é a relação entre despesa (pública) em educação e resultados. Por isso foi possível ao FMI, no relatório de janeiro passado, afirmar que há vários estudos que mostram a ineficiência do sistema educativo português:
…..